1º Intercâmbio Internacional da Rede Favela Sustentável

É com muita felicidade que viemos convidá-lo para o 1º Intercâmbio Internacional da Rede Favela Sustentável! Será uma troca de saberes e cultural com a participação de cinco países cobrindo diversos temas, com tradução simultânea. O encontro será através da plataforma Zoom. Não perca!

Sábado, dia 28 de agosto das 10h às 15h30 – Via Zoom

Contaremos com a participação de lideranças comunitárias de cinco países—África do Sul, Brasil, Estados Unidos, Nigéria e Quênia—tradução simultânea e muita troca cultural e de saberes!

Confirmados até agora:

Ana Santos, Centro de Educação Multicultural (CEM)

Complexo da Penha, Rio de Janeiro

Culinarista, educadora popular e agricultora urbana, Ana Santos é co-fundadora do Centro de Integração da Serra da Misericórdia no Complexo da Penha, onde ela mora. O CEM tem como missão promover a soberania alimentar a partir da agricultura urbana.

Brian Otieno, Centro de Justiça Social de Mathare

Mathare, Nairóbi, Quênia

Artista, ativista e acadêmico, Brian Otieno, cujo nome artístico é Stoneface Bombaa, nasceu e foi criado em Mathare, a segunda maior favela de Nairóbi. Ele é membro do Centro de Justiça Social de Mathare e coordena a campanha Arte Para Mudança Social, também sendo membro do Clube de Justiça Social da Juventude de Mathare. Ele usa a arte como ferramenta para defender a transformação social e liberar a mente das pessoas. Também é integrante do Movimento Verde Mathare, um movimento liderado por jovens para defender a justiça ecológica e promover a esperança na comunidade com o plantio de árvores, inspirado pela vencedora queniana do Prêmio Nobel da Paz, Wangari Mathaai. Stoneface também é anfitrião do podcast Até Que Todos Sejam Livres, que fala sobre como o Quênia conseguiu a independência sem libertar seu povo.

Cris dos Prazeres, ReciclAção

Morro dos Prazeres, Rio de Janeiro

Ativista social há mais de 26 anos, Zoraide Gomes, conhecida como Cris dos Prazeres, atua principalmente no Morro dos Prazeres em Santa Teresa. É agente de promoção de saúde, reconhecida no Brasil e internacionalmente por implementar iniciativas de inovação social de valor duradouro que promovem o desenvolvimento comunitário, inclusive o ReciclAção, projeto que ao promover a reciclagem na comunidade, impediu futuros deslizamentos. Atua no desenvolvimento comunitário em prol dos direitos humanos, e principalmente mulheres e jovens através da qualificação educacional, orientação profissional e empregabilidade.

Dariella Rodriguez, O Ponto

Bronx, Nova York, EUA

Dariella Rodriguez é mãe e mobilizadora comunitária em Nova York, focando seu trabalho no sul do Bronx pela maioria de sua vida. Trabalhando junto com sua comunidade, realiza campanhas que abordam assuntos de justiça ambiental, em relação à justiça alimentar, reforma educacional, e mais. Hoje é Diretora de Desenvolvimento Comunitário no The Point CDC, onde lidera iniciativas de resiliência climática, como projetos de infraestrutura e organização e ação comunitária e apoia o desenvolvimento de lideranças jovens e a conscientização comunitária das causas e raízes de suas lutas.

Iara Oliveira, Alfazendo

Cidade de Deus, Rio de Janeiro

Iara Oliveira é educadora e co-fundadora do Alfazendo, uma organização comunitária na Cidade de Deus que cria e aprimora oportunidades educacionais para jovens e adultos na comunidade, inclusive pelo projeto de educação socioambiental EcoRede.

Jane Anyango, Polycom Projeto de Desenvolvimento: Empoderando Mulheres em Kibera

Kibera, Nairóbi, Quênia

Jane Anyango Odongo é uma ativista queniana pela paz e pelos direitos das mulheres e meninas. Ela é conhecida por mobilizar centenas de mulheres que ajudaram a mitigar a violência pós-eleitoral nas eleições de 2007 e 2013. Ela é a fundadora e diretora do Projeto de Desenvolvimento Polycom, que empodera meninas e mulheres jovens em Kibera, maior favela do país. O projeto centra-se em temas como higiene, alterações climáticas, coesão, organização popular, entre outros.

Luis Cassiano Silva, Teto Verde Favela

Parque Arará, Rio de Janeiro

Luis Cassiano atua na área cultural e ambiental. É produtor cultural versátil, criativo e experiente nas áreas do teatro e audiovisual, além de eventos culturais e projetos de educação, arte e socioambiental. Cassiano é criador do projeto Teto Verde Favela e morador do Parque Arará.

Márcia Souza, Museu de Favela

Cantagalo, Rio de Janeiro

Moradora do morro do Cantagalo, ativista social e produtora cultural e de eventos, mediadora territorial, Márcia Souza é sócia fundadora do Museu de Favela, e atual Primeira Diretora e Gestora da Central Integrada de Visitação do Museu de Favela. Márcia Souza é Engenheira Eletricista, com pós-graduação em Engenharia de Produção e MBA em Gestão Empresarial. Foi coordenadora da Comissão de Acompanhamento das Obras, do Trabalho Social da Reurbanização do Complexo Pavão-Pavãozinho-Cantagalo – PAC-Rio, atuando na fiscalização comunitária das obras do estado e participando do Conselho Comunitário do Projeto – CCOMP do PAC na comunidade.

Michael Uwemedimo, Chicoco Rádio

Port Harcourt, Nigéria

Michael Uwemedimo é co-fundador e diretor da CMAP [Plataforma Colaborativa de Mídia Advocacy] e a Loeb Fellow na Universidade de Harvard, desenvolvendo abordagens inovadoras de realização de documentários como meio para realizar reflexões críticas de histórias de violência política e desafios à impunidade oficial. Como diretor do Projeto Cidade Humana (Human City Project), uma iniciativa comunitária de Port Harcourt, Nigéria, focada em mídias comunitárias, arquitetura, planejamento e direitos humanos, Michael explora o processo de design através do qual comunidades urbanas violentamente marginalizadas possam ganhar maior controle sobre sua representatividade e o desenvolvimento de suas cidades.

Monica Lewis-Patrick, Nós o Povo

Detroit, EUA

Também conhecida como “Guerreira da Água”, Monica Lewis-Patrick é educadora, empresária e ativista de direitos humanos. Monica co-fundou Nós o Povo de Detroit, uma rede dedicada a mobilizar moradores para combater a crise de água que ocorre em Michigan e em todo o mundo. Ela também é membro do Conselho Nacional de Acessibilidade da Água, Conselho de Unidade de Água de Michigan, e Acabar com a Pobreza de Água, organizações dedicadas ao acesso à água em comunidades de baixa renda. Além dessas organizações, Mônica faz parte do Conselho Mundial de Justiça da Água e do Conselho Consultivo de Michigan sobre Justiça Ambiental. Mônica foi autora de legislação que prestou serviços a milhares de residentes de Detroit.

Nill Santos, Associação de Mulheres de Atitude e Compromisso Social

Duque de Caxias

Fundadora e coordenadora da Associação de Mulheres de Atitude e Compromisso Social, o AMAC, em Duque de Caxias, Nill Santos atua capacitando mulheres, especialmente aquelas que são vítimas de violência doméstica, e educando sobre os seus direitos.

Otávio Alves Barros, Cooperativa Vale Encantado

Vale Encantado, Rio de Janeiro

Presidente da Cooperativa Vale Encantado e da Associação de Moradores do Vale Encantado, comunidade centenária no Alto da Boa Vista, Otávio Barros realiza ações de turismo sustentável, esgotamento sanitário ecológico, energia solar e outras realizações em busca de tornar o Vale uma comunidade sustentável.

Rose Molokoane, Moradores de Favelas Internacional

Oukasie, Pretória, África do Sul

Coordenadora nacional da Federação Sul-Africana dos Pobres Urbanos (FEDUP), uma das federações fundadoras afiliadas à Moradores de Favelas Internacional (SDI), uma rede global de federações de moradores de favelas em 33 países do Sul Global. Rose atualmente trabalha com as Nações Unidas com o grupo de partes interessadas de habitat (SAGE). Ela é residente e membro do esquema de poupança em Oukasie, uma favela na periferia de Pretória, África do Sul. Uma veterana da luta contra o apartheid, ela é uma das ativistas de base mais reconhecidas internacionalmente envolvidas com os direitos à terra e à moradia. A FEDUP ajudou mais de 150.000 moradores de favelas, a grande maioria das quais são mulheres, para juntar suas economias e melhorar suas vidas. O sucesso da organização permitiu que negociassem com o governo e criassem leis habitacionais progressivas que já produziram 15.000 novas casas e garantiram mais de 1.000 hectares de terras do governo para o desenvolvimento. Ela foi premiada com o Pergaminho de Honra das Nações Unidas-Habitat em 2005 por seu trabalho e luta para garantir terras e casas para os pobres.

Sharon De La Cruz, O Ponto

Bronx, Nova York, EUA

Sharon De La Cruz é uma artista multidisciplinar, educadora e ativista de Nova York. Sharon é apaixonada por ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) e narrativa visual. Sua pesquisa e trabalho estão enraizados na pedagogia STEM que é culturalmente relevante para a comunidade, acessível às pessoas com deficiência e focada na justiça social. Ela também está interessada em criar histórias e experiências abordando temas como justiça ambiental, direitos reprodutivos, violência policial e resistência alegre. Atualmente, ela está focada em contar histórias e narrativas sequenciais por meio de quadrinhos.

Como será o evento:

SEÇÃO 1: Apresentações de cada projeto

10h às 11h30

Nove organizações terão dez minutos para compartilhar imagens e descrever sua história, foco e objetivos.

Moderador: Mauro Pereira, Defensores do Planeta, Serra do Mendanha, Rio de Janeiro

Mauro Pereira é diretor executivo da Defensores do Planeta, organização que nasceu na Serra do Mendanha, Zona Oeste do Rio, e é ponto focal da América Latina para a justiça socioambiental da agenda 2030 da ONU. É formado em ciências biológicas na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pós-graduado em Gestão de Resíduos Sólidos na Universidade Gama Filho, e mestre em Ecotoxicologia pela Université Paris Diderot – França.

SEÇÃO 2: Roda de conversa sobre obstáculos e estratégias

12h às 13h30

Uma discussão facilitada convidará cada liderança a descrever seu contexto político e cultural, desafios, táticas de mobilização, respostas à pandemia e como seu trabalho se relaciona com temas de justiça (ambiental, climática, social, racial, gênero, juventude).

Moderadora: Lidiane Santos, Alfazendo, Cidade de Deus, Rio de Janeiro

Fundadora e coordenadora da Associação de Mulheres de Atitude e Compromisso Social, o AMAC, em Duque de Caxias, Nill Santos atua capacitando mulheres, especialmente aquelas que são vítimas de violência doméstica, e educando sobre os seus direitos.

SEÇÃO 3: Intercâmbio cultural

14h às 15h30 

Cada organização—e o público, formado por mobilizadores comunitários, estudantes, e interessados—será incentivada a compartilhar algum elemento cultural ou filosófico que dê força à sua luta, com os demais participantes. Como podemos superar os tempos difíceis? Como mantemos a força e diversão apesar de tudo? Como nos apoiamos uns aos outros? São incentivadas apresentações musicais ou visitas virtuais curtas.

Moderador: Bruno Almeida, NOPH, Rio de Janeiro

Professor, historiador e coordenador-geral do Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz (NOPH), o primeiro Ecomuseu Comunitário do Brasil, Bruno Almeida é integrante do GT de Memória e Cultura da Rede Favela Sustentável.

Ainda com participação especial por:

Dona Penha Macena, Museu das Remoções, Vila Autódromo
Valdirene Militão, Projeto Ricardo Barriga, Complexo da Maré

Realização:

Apoio: